segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Animal Country

Sabe, andei analisando e pensando sobre o modo de vida da sociedade brasileira de uma forma geral e descobri que ela é perfeita para estudos sobre as leis e relações biológicas. É simplesmente impressionante como toda ela interage intraespecíficamente. Por exemplo, um ser entra em competição com outro. Se um deles decide eliminar o concorrente, direcionando-o para a vala, existe uma grande possibilidade de ser estabelecida ai uma relação +/-. Já que de cada 100 homicídios em território brasileiro, 8 são solucionados(não sendo considerado se foi bem ou mal solucionado). Ou então, podemos citar o exemplo do parasitismo endêmico em cargos públicos. Com nomes e sobrenomes notóriamente reconhecidos por suas artimanhas com dinheiro público, os parasitas se mantém inabaláveis em cargos, como a presidência do senado, e utilizam o organismo estatal para suprir suas necessidades financeiras, políticas, familiares. Enfim, poderia falar também do comensalismo sobre as mulheres dos outros seres, ou do inquilinismo sobre terras indígenas, ou da foresia dos bóias-frias. Mas, por trás de todo esse ecossistema quase em clímax existe um fator que mantém a ordem entre todas essas relações. O grande Judiciário. A máquina racional no organismo brasileiro. Tão racional, mas tão racional... que seu emocional é um caos. Com isso ele procurou estudar a Bíblia e adotou a máxima:"não julgues, para não ser julgado". Afinal, até um promotor comete pecados...

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Heroína

No dia-a-dia, aquela olhada de esguelha pra gostosa que passa ao seu lado pode ser uma bela forma de escapar da realidade. E se o olhar for correspondido então... É melhor que qualquer droga. A imaginação soa afinada em loucuras sexuais e romanticas. Ela pensou o mesmo. A olhada diz isso. Naquele momento, as Íris deixaram-se levar pelo mais louco impulso animal, e transaram ali na frente de todos os possíveis olhares sem serem vistas, sob o segredo das palavras mudas e expressões feromoniais. Com o passar de um infinito fugaz, as Íris se despedem e seguem seu curso andando ao chão. Atordoadas, seguem procurando a conta que as ocupava antes de tudo, completamente entortopecidas.